quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Ó meu eu! Ó Vida!


Ó meu eu! Ó vida!Das questões que sobre essas são recorrentes,
Dos trens infinitos dos que não têm fé, das cidades cheias de tolos,
Ó eu mesmo para sempre censurando a mim mesmo (pois quem é mais tolo do que e quem é mais sem fé?)
De olhos que em vão suplicam pela luz, do meio dos objetos, das lutas sempre renovadas,
Dos pobres resultados de tudo, das laboriosas e sórdidas multidões que vejo em minha volta,
Dos Vazios e inúteis anos dos demais, sendo que também faço parte dos demais,
A questão, ó meu eu tão triste, recorrente - O que há de bom em meio a tudo isso?Ó meu eu, ó vida?
Resposta
Que estás aqui - que a vida existe e a identidade,
Que a poderosa peça continua e tu podes contribuir com um verso,

(Poema de Walt Whitman, encontrado em Folhas de Relva)